Taxistas Flagrados Cobrando Preço Fechado em Corridas para Turistas
Uma reportagem do RJ2 revelou uma prática preocupante entre alguns taxistas do Rio de Janeiro: a recusa em ligar o taxímetro para passageiros turistas e a cobrança de valores fechados, muitas vezes acima do dobro do valor correto. A prática, conhecida como “cobrar no tiro”, fere as regulamentações municipais e prejudica a experiência dos visitantes.
Como Funciona o Golpe?
Durante a investigação, diversos taxistas foram filmados operando sem acionar o taxímetro, principalmente em pontos turísticos movimentados, como:
- Cristo Redentor
- Pão de Açúcar
- Escadaria Selarón
- Jardim Botânico
- Copacabana
Em um dos vídeos registrados, um taxista foi flagrado dizendo ao passageiro: “Você aceita se quiser.” Outro condutor afirmou que sempre anda com o equipamento desligado e que turistas preferem saber o preço antes, em vez de confiar na tarifa do taxímetro.
Valores Abusivos
Em um dos casos analisados pela reportagem, um taxista cobrou um preço muito superior ao que seria justo para uma corrida entre o Cosme Velho e o Jardim Botânico, ambos localizados na Zona Sul. Essa prática acaba afastando turistas e prejudicando a imagem do serviço de táxi na cidade.
O Que Diz a Lei?
De acordo com a Prefeitura do Rio de Janeiro, os táxis autônomos são obrigados a cobrar pelo taxímetro, que deve ser acionado no início de cada corrida. O objetivo é garantir uma cobrança justa e transparente para os passageiros. Apenas táxis filiados a cooperativas credenciadas podem aplicar tarifas fixas em locais autorizados, como:
- Aeroportos
- Rodoviária
- Hotéis cadastrados
Como Evitar Ser Vítima do Golpe?
Se você está visitando o Rio de Janeiro e quer evitar cobranças abusivas, siga essas dicas:
- Prefira chamar táxis por aplicativos regulamentados, que mostram estimativas de preço.
- Exija que o taxímetro seja ligado antes do início da viagem.
- Denuncie irregularidades à prefeitura ou à Guarda Municipal.
- Compare o preço da corrida com serviços de transporte por aplicativo antes de aceitar valores fechados.
O Que Dizem as Autoridades?
A Prefeitura do Rio informou que a superintendência de táxis realiza operações frequentes para coibir essas práticas ilegais. No entanto, a identificação desses casos pode ser difícil, pois é necessário haver flagrante ou uma denúncia formalizada.
A prefeitura também declarou que investigaria possíveis irregularidades envolvendo agentes da Guarda Municipal, já que diversos taxistas flagrados operavam perto de postos de fiscalização.
Conclusão
A prática de cobrança indevida por parte de alguns taxistas no Rio de Janeiro é um problema que afeta não apenas os turistas, mas a reputação do transporte na cidade. A fiscalização deve ser intensificada para garantir um serviço justo e transparente para todos.